terça-feira, 21 de agosto de 2012

“Entre Irmandades e Palácios: a trajetória de um negro devoto e burocrata”

Registramos a palestra ocorrida hoje, “Entre Irmandades e Palácios: a trajetória de um negro devoto e burocrata” sobre o fascinante personagem jaguarense e quase desconhecido para nós, Aurélio Virissimo Bittencourt, pesquisa que está sendo desenvolvida pelo Prof. Paulo Moreira da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Coordenador do Programa de Pós-graduação em História. Braço direito dos Governadores Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, a vida de Virissimo deve ser editada em livro no ano que vem pelo pesquisador da Unisinos. "Destacamos a intensa troca de cartas e bilhetes com seu secretário, Aurélio Virissimo de Bittencourt. A série “Aurélio Viríssimo de Bittencourt”, escolhida para inaugurar a publicação desse acervo, revela a atividade política no Rio Grande do Sul, entre o final do século XIX e o início do século XX, bem como a influência e liderança exercida por Castilhos, mesmo após a sua saída da Presidência do Estado, quando permaneceu como Presidente do Partido Republicano Rio-Grandense até sua morte, em 1903. O burocrata, devoto, abolicionista, literato, tipógrafo Aurélio Viríssimo de Bittencourt, era um indivíduo negro, ou pardo segundo seu atestado de óbito, ou preto segundo o artigo escrito por Borges de Medeiros nas comemorações realizadas pelos seus cem anos de batismo, em 1949. Aurélio nasceu em outubro de 1849, na cidade de Jaguarão, interior do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. Filho de uma escrava liberta e de um Capitão da Armada, foi batizado na Matriz local como exposto, filho de pais incógnitos. No período republicano, a correspondência trocada entre Aurélio e Julio de Castilhos revela que, no dia a dia da vida palaciana, Aurélio foi fundamental na administração central, uma vez que permanecia a maior parte do tempo na secretaria da presidência, enquanto Castilhos mantinha-se mais afastado em sua chácara. A proeminência do burocrata também estava assentada na liderança que possuía sobre os pequenos empregados das secretarias, a sua aproximação com a vida religiosa na capital e a sua ascendência entre os populares. Em 1919, quando morreu, cego, na capital do Estado do Rio Grande do Sul, cercado por numerosa família e pelo carinho dos governantes, deixou um considerável patrimônio material (em imóveis, dinheiro e ações) e uma herança imaterial invejável, alicerçada em um currículo de extensos e preciosos serviços públicos prestados." Fonte: http://www.portocultura.com.br/literatura/index.php?id=8&idNot=5523 ( Contribuição César Steimbruch)

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