quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Educação e Vivência: A significação da Música para os sujeitos da Educação Inclusiva.


                                 Música para os sujeitos da Educação Inclusiva.




O respeito à diversidade e direito à diferença não é uma temática nova. A partir da Conferência Mundial sobre Educação para Todos (1990) e da Declaração de Salamanca (1994), as pessoas com deficiências passaram a ter direitos garantidos, como os demais cidadãos. A escola passa a viver o desafio de ser uma para todos, de não reproduzir no âmbito escolar o movimento tão premente em nossos tempos de homogeneização dos seres, de abafamento das singularidades e das diferenças.

Na medida em que avança o processo de inclusão, também avança a discussão sobre a reconstrução das práticas educativas dessas escolas, a fim de atenderem realmente às necessidades educacionais especiais de todos os alunos. Considerando que um dos obstáculos mais citados para a educação inclusiva, é o “despreparo dos professores”, que acarreta o estranhamento do educador com aquele sujeito que não está de acordo com “os padrões de ensino e aprendizagem” da escola (MEC, 2005), faz-se necessário conhecer como a formação dos professores têm contribuído para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas, pois se sabe que trabalhar com a diversidade implica não só a aceitação da heterogeneidade dos grupos, bem como as diferenças das pessoas, o contato e a interação com esses sujeitos.
Em relação ao ensino da arte são necessárias as seguintes condições, além das acima explanadas: espaço físico e materiais adequados e variados às atividades artísticas e de acordo com a linguagem artística a ser trabalhada (música, teatro, danças e artes visuais). Também é no trabalho artístico que a humanização do Homem implica-o em deixar de ser apenas espécie biológica (funções psicológicas elementares - linha natural: conhecimento sensorial imediato, como o comportamento instintivo e reflexo) e assumir características culturais. Isso acontece por meio da formação dos processos psicológicos superiores, ou ainda, funções corticais superiores, funções psíquicas superiores e funções culturais - linha cultural (linguagem, pensamento, sentimento, cognição, memória, percepção, atenção, planejamento e abstração e criação e aquisição de diferentes instrumentos), que diferencia o Homem dos demais animais. Este processo só pode ocorrer nas interações sociais e entre os homens.
Assim sendo, a escola em conjunto com docentes e profissionais da educação e da área de arte precisa propiciar a todos os discentes espaços sociais e tempo para desenvolver atividades escolares e artísticas que sejam capazes de promover intervenções humanas (mediações) no sentido de superar a herança genética e o determinismo ambiental (aspectos biológicos) para construção da aprendizagem e posterior desenvolvimento humano, conforme as condições sociais e culturais presentes.
Desta forma, a educação inclusiva e o ensino da arte têm como principal desafio acolher todos os alunos e oferecer a eles as mesmas oportunidades educacionais e artísticas, promovendo o processo ensino-aprendizagem, além de também trabalhar com as diferenças, dificuldades e limitações individuais nas suas mais diversas relações no interior da instituição escolar. Para que isso se efetive é necessário abandonar as idéias inatistas e as teorias evolucionistas e genéticas, que acreditam na concepção imutável, pronta e acabada do Homem, da sociedade e da educação.

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